Perfil

Assistente Técnico na área da saúde e artista plastico, nasceu em Santo Tirso no ano de 1965, cursou artes plásticas e expôs pela primeira vez no Posto de Turismo da Camara Municipal de Santo Tirso em Dezembro de 1985, tendo registado a execução do seu primeiro quadro a óleo no ano de 1983.

A sua produção artistica situa-se em àreas diversas como na pintura, cenografia, ilustração, fotografia, restauro, instalação e mais recentemente a escultura.

Teve formação académica com Prof. Doutor Francisco Laranjo da Faculdade de Belas Artes do Porto e com o Prof. Avelino Leite, foi discípulo dos irmãos Cavadas, Alberto e Rufino, e acompanhou com artistas como Mário Ribeiro e Luís Alberto.

No mês de Outubro de 1987, integra o grupo de artista que participam no Concurso de Pintura promovida pelo Governo Civil de Aveiro, em Setembro do ano de 1998 incorpora a representação de Santo Tirso na II Exposición Internacional de Pintura Y fotografia “ Cuidad de Alcazer de San Juan”, Castilha – la Mancha, onde obtem uma Menção Honroso, em Abril de 2009 fica classificado em 2º lugar no Concurso Nacional de Pintura e Desenho “Traços de Vila de Rei”, Castelo Branco, Menção Honrosa em 2012, e no ano de2013 e 2014 primeiro prémio do “Concurso de Pintura Padre João Maia” em Vila de Rei, com trabalhos em pintura.

Atualmente tem-se mostrado diligente na experimentação de novas formas e materiais mais concretamente no âmbito da escultura, onde tem realizado trabalhos onde associa materiais biológicos como restos de árvores à pedra, a metais e gessos acrílicos alcançando obras de extraordinária beleza e inovação, onde a figura feminina desempenha um papel preponderante, as quais já mereceram os melhores reparos por parte da critica.

No que concerne à pintura, esta caracteriza-se essencialmente por um estilo muito sus generis onde impera a multiplicidade cromática em temas onde o sagrado e o profano se fundem em fases de misticismo alternadas com outras de pura sensualidade, todavia, também se sente um forte sentido regional peneirado pela estética das vanguardas de onde sobressai a linha expressionista espelhado num projeto abemolado tendo como base um desenho rápido a partir do qual articula a obra completando-a de um cromatismo vibrante plasmado em vários suporte dispostos em camadas espessas e pastosas de matéria pictórica a demonstrar uma capacidade artística superior.

São inúmeros os trabalhos onde utiliza o gesto expressionista para exaltar a subjetividade de uma forte carga social projetando-o assim para fora de toda a pauta de consenso racional do meio artístico tirsense.

No seu vasto curriculum conta com mais de nove dezenas de exposições um pouco por todo o país, bem como no estrangeiro com principal incidência para Espanha, está representada em inúmeros organismos públicos e religiosos bem como em instituições culturais.








domingo, 3 de março de 2013


Lenda da Fonte da Maria Velha

Apesar já ter publicado esta versão da Lenda da fonte da Maria Velha, no Jornal de Santo Thyrso há cerca de uma década, decidi reedita-la tendo em conta a insistência de alguns tirsenses.
Esta narrativa é uma das mais conhecidas em Santo Tirso e está ligada a uma fonte, cuja água e segundo a tradição oral, prende para sempre a Santo Tirso quem a beber de joelhos, situada ao fundo da Rua do Tapado, local que a data era muito importante, pois passava a estrada do Porto para Guimarães por Santo Tirso.
Bartolo, filho de um abastado morgado dos lados de Burgães, morre de amores por Maria, lavadeira, mas sincera no seu amor.
Para colocar um ponto final na vida mundana e boémia, o morgado, impõe ao filho a regra e obriga-o a entrar para o mosteiro Beneditino de Santo Tirso.
Em terras do Mosteiro, junto ao Portão do arco de entre muros, por onde os monges saíam para o couto, quem andava de amores não dormia.
Era na calada da noite de Bartolo jurava o seu amor a Maria, reinava naquele tempo el-rei D. Pedro II.
Em cada encontro o amor engrandecia nas suas almas uma paixão quase doentia, o que originou medidas drásticas de clausura do Dom Abade do Convento sob pressão do morgado, o jovem frade entra em agonia e pressente a proximidade do fim, a depressão e a melancolia consume-lhe o corpo e a alma e pouco depois morre.
Sem notícias, Maria, á hora certa, espera, dia após dia, ano após ano, a juventude passa e a velhice chega sem avisar.
Enquanto espera, chora lágrimas que fazem brotar uma fonte, água que Maria bebeu e ali mesmo morreu.
O tempo passou e a bica não secou, diz o povo que nesta água de amor e feitiço, quem a beber, não mais abandona Santo Tirso.
A Fonte da Maria Velha, num passado ainda não muito longínquo, era local de paragem obrigatório para descansar os pés e afugentar a sede aos romeiros que, no dia 15 de Agosto, iam pagar as suas promessas ao Monte de Nossa Senhora da Assunção.
Em 16 de Março de 1835 foi deliberado pela Câmara Municipal a alteração do espaço e rebaixado o rego que ganha a bica da fonte com a configuração de detém actualmente.
Refira-se a título de curiosidade que em Macau existe uma lenda em todo idêntico à de Santo Tirso, a fonte da água de Lilau que relata que quem a beber teima em permanecer em Macau e quem consegue quebrar este feitiço não morre sem lá voltar.

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